sábado, 25 de abril de 2009

Turbilhão

Seus pés se moviam quase como automaticamente, tão rápidos a ponto do seu cérebro ao menos comandá-los. Tudo que queria era sair dali, daquele local abafado e úmido, daquelas lembraças secas e rasgantes. O chão debaixo de seus pés se resumia a apenas um borrão. Os olhos marejados a impediam de ver com nitidez, o coração embargado subitamente impediu suas pernas de darem um passo a mais. E caiu. Se deu por vencida, caindo naquela grama qualquer ao lado de um prédio qualquer. Aquela água levemente salgada que ela não experimentava há anos tomou conta de suas bochechas, os soluços incessantes tomaram conta de sua garganta, o ar faltou, a respiração se tornou pesada.
Meus parabéns, isso é um choro.

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