sábado, 2 de janeiro de 2010

Sublime.

Ela tinha o arco-iris em suas unhas e uma aquarela de sentimentos transbordando d'seus olhos. Seu sorriso de mona lisa permanecia em sua face serena, que nada via, nada previa. As maos gelidas e alvas constrastava com o vermelho azulado de sua saia, onde estava repousada. Era quatro e meia da manha, e eu havia esperado a eternidade inteira ate encontra-la numa estacao de trem novamente. Seu olhar me despertou como uma lareira queimando em meus olhos. Estava tudo em entrelinhas, tudo perfeitamente escondido como algum segredo o qual nos nunca saberiamos. A olhei se levantar quando o trem violentamente parava, seus cabelos curtos movimentando-se de acordo co’ vento , seu perfume citrico invadindo minhas narinas. Ela permaneceu estatica em frente a enorme porta de vidro do trem, enquanto este arrancava. A olhei pela ultima vez naquela parte da eternidade, e, subitamente, senti todos os poros do meu ser se arrepiando. De repente eu sabia, a verdade incontestavel a qual eu prefiri ignorar. Peguei o trem para a proxima estacao. Apesar de tudo, semana que vem estaria a esperar por esta parte da eternidade. Na mesma quinta feira, na mesma estacao, quando o Sol nascesse para nos dois.

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