domingo, 23 de agosto de 2009

Strong as you can

- Eu sinto vontade de chorar.... o tempo todo.
- E porquê não chora?
- Alguém tem que ser forte por aqui.
- Nem sempre.
- Talvez minha ideia de alguém forte seja ridícula. – Olhei para cima, como se fosse gravar as cores do teto - Aliás é ridícula.

Você ficou em silêncio depois das minhas palavras. Era um modo discreto de dizer que eu era fraca, você sabia disso e não contestou. Não que precisasse contestar, nem eu mesma contestaria. Cocei meus olhos lentamente tentando empurrar as lágrimas pra dentro de meus olhos novamente (como se isso fosse possível), fechei minha boca para tentar conter meus soluços que brotavam de minha garganta. Você não percebeu. Ninguém nunca percebia a luta interna que travava comigo mesma, e essa era a intenção: não deixar transparecer, não deixar aparecer. Minhas lágrimas não cairiam a frente de uma sala, ou de uma mesa. Eu sempre seria outra pessoa a frente deles, mas no fundo eu sempre soube quem eu sou e nunca consegui me desvencilhar de mim.

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